Com seis ou sete anos, ou seja, quando você ainda nem tinha real consciência, você começa a freqüentar a escola. Aí, você começa a perder boa parte do seu tempo - e da sua vida - indo lá. Quase todos os dias. Cinco sétimos da semana. E depois da quinta série, teus pais ainda te proíbem de sair durante a semana, com exceção de sexta-feira e olhe lá! E vem o ensino fundamental. O ensino médio. O vestibular - ai que meda [é "mêda" mesmo] -. E a universidade. Com sorte você começa a trabalhar quando concluí a universidade - isso se seus pais forem bonzinhos e com algum dinheiro -. Ou antes.
Então você trabalha, trabalha, trabalha. Aí com uns sessenta anos você se aposenta. FINALMENTE, você pode aproveitar a vida, certo? ERRADO. Porque você já vai ter de tomar cuidado com a saúde, e já não tem o fôlego de antigamente. E vai ter família, e se você trabalhou de se matar durante a vida num bom emprego, o dinheiro de sua aposentaria em parte já irá pro sustento da sua infame família. Pode ser pequena, ou enorme, a parte do seu dinheiro que será gastado em função deles. E então, sua saúde vai pouco a pouco ficando pior. Você vai ficando véio e frágil, então nem pode mais viajar e coisas assim. Ou ir à um show, ou qualquer coisa assim que você desejava na sua infância/ adolescência/ juventude/ meia-idade. E então, você morre.
Vamos ser otimistas e supôr que você morra aos oitenta. Faça as contas aí. Do número de anos que você teve exclusivamente pra você.
E depois venha me dizer que a vida é justa que eu esfrego esse post na sua cara.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Revolta [não precisa ler, é para uso pessoal mesmo]
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1 pessoas deram pitaco.:
Eu sempre me pego pensando essas mesmas coisas. Penso, às vezes, que seria melhor se fossemos irracionais, comendo, dormindo e procriando, mas que não tivessemos de gastar tempo inútil da nossa vida estudando e aprendendo conteúdos supérfulos, que acabariamos por não usa-los.
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